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Arlei Rocha de Carvalho, de 18 anos, e João Vitor Santos Leite, de 18 anos, estudantes do Colégio Estadual Horácio de Matos, em Jussiape, na Chapada Diamantina (BA), participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), evento nacional que tem ganhado visibilidade por despertar o interesse pela ciência entre os jovens.

Dentre os milhares de estudantes envolvidos nesse universo de descobertas, os dois jovens viajaram para o município de Barra do Piraí, no estado do Rio de Janeiro, para participar da edição de 2024, que bateu recorde de participantes e premiações, com um aumento significativo no número de medalhas distribuídas. 

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Arley revela que “foi uma experiência incrível! A melhor que já tive! Através da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), tive a oportunidade de conhecer o Rio de Janeiro e seu interior, participando da edição de 2024 da mostra. Tive a chance de conhecer pessoas muito talentosas e inteligentes, além de adquirir um conhecimento de mundo que vou guardar para sempre! Sou muito grato à minha escola, o Colégio Estadual Horácio de Matos, por proporcionar essa oportunidade, e para sempre vou guardar essa lembrança com muito carinho!”.

A OBA, realizada desde 1998 pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e, a partir de 2005, com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), tem como objetivo principal fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e ciências afins. A competição busca promover a difusão de conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa, mobilizando toda a comunidade escolar, associações, clubes de Astronomia e instituições voltadas às atividades aeroespaciais.

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Já João Vitor, afirma que “a viagem foi fantástica, pois tive a incrível oportunidade de conhecer as maravilhas do Rio de Janeiro e elevar ao máximo o nome da nossa escola: o Colégio Estadual Horácio de Matos. Lá, eu pude conhecer pessoas muito legais e inteligentes. E a cada dia aprendi um pouco mais sobre o que é a MOBFOG.  Além de tudo, agradeço a nossa escola por nos proporcionar essa viagem incrível.”

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A jornada de Arlei e João Vitor até a OBA exemplifica o poder transformador da educação científica. Motivados pela curiosidade sobre o cosmos, os estudantes se dedicaram aos estudos e se inscreveram na competição, representando o Colégio Estadual Horácio de Matos e a cidade de Jussiape. A participação deles demonstra o potencial que existe em cada canto do Brasil, mostrando que o interesse pela ciência pode florescer em qualquer ambiente.

A edição de 2024 da OBA foi um marco, distribuindo um total de 81.153 medalhas de ouro, prata e bronze, representando um crescimento de 38% em relação ao ano anterior. Um dado ainda mais relevante é que 39.200 dessas medalhas foram conquistadas por alunos de escolas públicas, evidenciando o caráter inclusivo da competição e seu impacto na democratização do acesso ao conhecimento científico.

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Para o professor Bráulio Ferreira, que acompanhou os estudantes até o Rio, o evento deixou um legado muito positivo. “A Olimpíada, eu acredito, vai incentivar outros alunos a participarem. E tendo uma maior quantidade de alunos, a tendência é que a gente consiga mais e mais. E quem sabe, num futuro próximo, nas próximas edições, uma medalha de ouro. E a gente pode trazer, que também não é um bicho de sete cabeças, não. Mas além da medalha de ouro, mais importante que a medalha de ouro, é a possibilidade do network, da distribuição de bolsa para os estudantes, do aprendizado acadêmico nas oficinas, que a gente pode replicar todo o aprendizado nas escolas do interior”.

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A OBA não se resume apenas à aplicação de provas. Ela integra a Mostra Brasileira de Foguetes (MobFog), uma iniciativa que complementa a experiência dos participantes, incentivando a prática e a experimentação. Os estudantes puderam participar de atividades previstas no evento e conhecer projetos inovadores. A parceria entre a SAB e a AEB fortalece o compromisso em disseminar a ciência espacial e aproximar jovens talentos das áreas de pesquisa e desenvolvimento aeroespacial.

A trajetória de Arlei e João Vitor na OBA serve de inspiração para outros jovens, mostrando que a dedicação e o interesse pela ciência podem abrir portas para grandes oportunidades. A participação na olimpíada não apenas enriquece o currículo escolar, mas também proporciona um aprendizado valioso sobre o universo e suas maravilhas.

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A OBA oferece diferentes níveis de participação, abrangendo desde o primeiro ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Essa abrangência permite que estudantes de diferentes faixas etárias tenham a chance de explorar o mundo da astronomia e da astronáutica, despertando vocações e incentivando a busca por conhecimento.

Além do reconhecimento por meio das medalhas, os melhores alunos do ensino médio da OBA têm a oportunidade de participar de seletivas para competições internacionais, como a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Essa possibilidade representa um grande incentivo para os estudantes que desejam seguir carreira na área científica.

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A participação de Arlei e João Vitor na OBA é um exemplo do impacto positivo que a competição tem na vida dos jovens. Ao estimular o interesse pela ciência e proporcionar experiências enriquecedoras, a olimpíada contribui para a formação de cidadãos mais críticos e engajados com o conhecimento científico.

A história dos dois estudantes de Jussiape é um testemunho do sucesso da OBA em promover a educação científica e despertar o interesse pela astronomia e astronáutica em todo o Brasil.