Foto: Jussi Up
A Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar supostas perseguições a servidores públicos e munícipes envolvendo diretamente a primeira-dama, Hilda Rejane Ribeiro, foi instaurada na sexta-feira (28) pela Câmara após o presidente Jadiel Carvalho (PSD) deferir o requerimento para a instauração da CPI.
O prefeito de Jussiape, Éder Jakes (PSD), e sua esposa, Hilda Rejane Ribeiro, tornaram-se alvos da investigação que avança na Câmara apesar de um impasse, que gira em torno da formação da comissão que conduzirá as apurações, entre os parlamentares da base governista e os da oposição.
Mesmo diante das investidas de vereadores da base do governo para impedir o avanço da CPI, a bancada da oposição alega que a condução para a eleição do presidente da comissão segue o regimento interno da Casa. O documento, segundo o procurador da Câmara Leonardo Chaves, prevê que o presidente da Câmara é quem determina os membros da comissão, seguindo a proporcionalidade de cada partido.
Ao que tudo indica, o presidente da CPI deverá ser eleito na próxima quarta-feira (10), ainda sob o mesmo impasse entre parlamentares.
O requerimento para abertura da comissão teve a assinatura de quatro parlamentares. O documento entregue ao presidente cita “possíveis coações, pressões e ameaças” de Hilda Rejane Ribeiro, que supostamente estaria “exercendo funções de mandatária do município sem qualquer legitimidade, inclusive dando expediente regularmente na Prefeitura e expedindo ordens aos secretários e demais subordinados sem exercer formalmente qualquer cargo”.
A CPI deverá apurar também “a ausência do prefeito Éder Jakes Souza Aguiar (PSD) no município”, que, segundo detalhamento do pedido de instauração da comissão, tem se afastado de suas funções como gestor para exercer exclusivamente a profissão de médico em sua clínica em Livramento de Nossa Senhora.
O pedido protocolado leva em consideração a possibilidade de ampliar a investigação de “possíveis práticas ilícitas cometidas pelo prefeito e sua esposa”, detalha o documento.