A gruta da Tapera, em Jussiape Foto: Will Assunção/JUP

Desde que se tem notícia, as pinturas da Gruta da Tapera, em Jussiape, a aproximadamente 10 km da sede, teriam sido feitas por índios que conviveram com os primeiros bandeirantes europeus a pisarem nestas terras. A única dúvida que pairava, até então, era a qual tribo atribuir as pinturas, já que em Iacina, livro de 1907, do autor Lindolpho Rocha, a presença dos Maracás e Pataxós é descrita claramente por essas bandas.

A verdade é que quatro grupos habitaram essa região: Tupis, Aratus, Maracás e Pataxós. Uma reportagem sobre as pinturas foi publicada na Revista Piauí traz uma pesquisa que data a idade dos registros. Segundo a publicação, as pinturas teriam entre 10 mil a 30 mil anos.

A gruta da Tapera, em Jussiape Foto: Will Assunção/JUP

De lá para cá, pesquisadores e estudiosos exploraram o local e constataram o óbvio: as pinturas são muito mais velhas do que se imaginava. Por associação a outros sítios que se encontram na Bahia e no Brasil, existem algumas hipóteses que foram levantadas. Mas a principal delas é que se torna impensável para os arqueólogos que os autores das famosas pinturas tenham sido os índios que conviveram com os primeiros portugueses a chegar a Jussiape.


A gruta da Tapera, em Jussiape Foto: Will Assunção/JUP

Os grupos que fizeram as pinturas rupestres na região usaram instrumentos de material disponíveis no local, que hoje compreende o trecho que liga os municípios de Jussiape e Abaíra. Ou seja, grupos que viveram aqui por volta de 6 a 12 mil anos, segundo Alvandir Bezerra, um dos arqueólogos responsáveis por uma pesquisa que retrata culturas desse período.

O Canal Fuzuê gravou um episódio para a websérie #MeLevaQueEuVou na gruta; assista